Giro no interior: redes municipais suspendem atividades escolares em resposta ao autoritarismo de prefeitos

Giro no interior: redes municipais suspendem atividades escolares em resposta ao autoritarismo de prefeitos

Acompanhe a situação de greves e paralisações nas Subsedes do Sintepp.

Uruará

Na regional do Xingu do Sintepp a cidade de Uruará entrou em greve contra a retirada de direitos e a redução salarial. No último sábado (20) a Coordenação da Regional encaminhou para a Estadual a informação de que o batalhão de Choque da Polícia reprimira violentamente os manifestantes durante um ato de rua que exigia abertura de CPI para a cassação do prefeito Banha (PDT) e dos vereadores de sua base aliada.

A Coordenação Estadual anuncia o pleno apoio à luta da população de Uruará. “É revoltante a situação a que estamos submetidos aqui. Além de não quererem melhorar nossas condições salariais e de trabalho ainda somos tratados como bandidos”, desabafa Mônica Brito, Coordenadora Estadual do Sintepp, que está na região.

Seguem em estado de greve na Regional Xingu os municípios de Altamira, Medicilândia, Senador José Porfírio, Anapu e Pacajá. Em breve será publicado em nosso site mais detalhes sobre a situação da greve no município de Uruará.

 

Castanhal

A Subsede de Castanhal informa que na quinta-feira (18) os (as) educadores (as) municipais paralisaram as atividades por 24 horas para pressionar o prefeito Paulo Titan (PMDB) que não responde a contento as reivindicações do Sintepp.

O descaso com a educação pública na cidade localizada na Regional Nordeste I do Sintepp é tão evidente que existem comprovações de falta de materiais básicos para a execução das atividades. “Falta papel, lápis de cor, tesourinha e outros produtos essenciais para a educação infantil. Além do que faltam profissionais do magistério para a garantia de nossa hora-atividade. Mais lastimável ainda é a situação crescente de trabalhadores que adoecem em função do trabalho. A super lotação de turmas fere a LDB, porém temos registro de turmas com cerca de 59 alunos, isso inviabiliza o trabalho pedagógico qualificado”, denunciou Alcid Silva, Coordenador Geral da Subsede.    

A categoria segue em movimento na perspectiva de conquistar: 1. Plano de assistência à saúde; 2. Materiais necessários para a educação infantil; 3. Vale-transporte; 4. Reforma e construção de escolas; 5. Segurança nas escolas; 6. PCCR unificado; e 7. Vale alimentação.

A Coordenação da Subsede mobiliza as escolas da Rede até a manhã da próxima quarta-feira (24), pois a tarde espera-se uma tentativa de negociação junto ao governo municipal.

 

Concórdia

Depois de um mês de braços cruzados os (as) profissionais em educação da Rede Municipal de Concórdia, na Regional Baixo Tocantins do Sintepp, retornaram as atividades no dia 17|09.

O clima se acirrou na cidade depois que o prefeito Antonio Maranhense (PSDB) se negou a atender as pautas da categoria e ainda ameaçou reduzir as jornadas de trabalho de quem aderisse ao movimento.

Acompanhe abaixo as reivindicações pontuadas pelo Sintepp/Concórdia na época:

    Respeito e valorização aos (as) funcionários da educação. (Houve corte de salário e outras ações de violação de direitos sem aviso prévio. Sendo as mesmas percebidas a partir do recebimento dos contracheques somente);
    Garantia de implantação de hora-atividade até a próxima lotação (o governo não sinalizara nenhum um prazo implementação do direito, mesmo diante das investidas do Sintepp em estabelecer pelo menos uma comissão para análise da viabilidade);
     Pagamento do retroativo do Piso, referente ao mês de fevereiro|14 (o governo apontara 2015 como prazo);
    Correção das perdas salariais dos vigias;
    Manutenção e reforma das escolas municipais;
    Regularização do transporte escolar;
    Contratação de mais profissionais de apoio (O número de serventes por escolas é insuficiente, o que ocasionara sobrecarga de trabalho).

Em 03|09 o Juiz Adelino Arrais atendeu aos desmandos de Maranhense e declarou a greve abusiva, estabelecendo o prazo de 24 horas para o retorno dos (as) educadores (as) as suas funções sob pena de desconto no ponto e pagamento de multa diária de R$ 10.000,00 para o Sintepp. Isso mesmo, a “justiça” do Pará criminaliza os (as) trabalhadores (as) que lutam por seus direitos!

A educação pública em Concórdia figura como as mais decadentes do Estado. Em consequência do não envio das informações dos alunos no Senso Escolar o município perdeu os recursos destinados à área. Como o prefeito não querer resolver este problema, que puramente de má administração pública, escolheu retirar direitos dos (as) educadores (as) a fim de maquiar o rombo nos cofres públicos.

O Sintepp conseguiu na terça-feira (16), junto ao Ministério Público que o governo assinasse um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) onde o mesmo se compromete a não atrasar novamente os salários (sendo que os mesmos devem ser pagos até o 5º dia útil de cada mês) e cumprir os demais pontos da pauta, porém a lentidão do gestor municipal faz com que a categoria se mantenha em alerta. No mesmo dia em assembleia geral se deliberou pelo retorno às aulas no dia 17|09, com a manutenção do estado de greve.   

A Coordenação da Subsede elabora uma análise pedagógica, social e financeira da situação da educação em Concórdia e em breve agendará uma assembleia geral em praça pública para prestar esclarecimentos a comunidade escolar.             

 

Aveiro

No período de 21 a 30|08 os (as) trabalhadores (as) em educação do município de Aveiro, na regional Xingu do Sintepp, paralisaram as atividades após se esgotarem todas as possibilidades de negociação com o governo Olinaldo “Fuzica” (PSC).

 Veja as principais reivindicações da categoria no momento:

    Pagamento do pessoal de apoio;
     Pagamento de 1/3 terço de férias;
    Resposta sobre a unificação do PCCR da categoria;
    Cumprimento de 1/3 de Hora Atividade;
    Fim dos sábados letivos;
    Nenhum desconto salarial e retaliação aos grevistas.
    Garantia de reposição dos dias não paralisados durante a greve, mediante calendário de aulas a ser elaborado conjuntamente entre Sintepp, Semed e direções das escolas.

Já no dia 2º dia de greve os (as) educadores (as) conquistaram o pagamento dos apoios. Na quinta-feira (28) o governo repassou aos (as) trabalhadores (as) parte dos valores referentes à 1/3 de férias.

Também foi elaborado um acordo para o cumprimento das pautas consideradas pelo governo de meio e longo prazo. Por exemplo, nos itens 3, 4 e 5 da pauta o governo se comprometeu a cumpri-los até 30|09 deste ano.

Em 01|09 as aulas retornaram na Rede, porém a categoria se mantém em estado de greve. Na cidade existem cerca de 300 profissionais da educação municipais, distribuídos nas 65 escolas, que atendem aproximadamente 4.000 estudantes.

Na quarta-feira passada (17) o Sintepp protocolou junto ao poder público municipal ofício que solicita pagamento imediato da diferença de 1/3 de férias na forma da Constituição. O parecer jurídico do Sintepp apontou erros, que podem ser propositais ou no sistema. Por isso, a categoria exige a correção e apresenta ao prefeito a alternativa de pagamento via folha suplementar ou nos contracheques de setembro|14.       

 

Só conquista quem luta!

Junte-se a nós, venha para o Sintepp!

 

Fotos: Arquivo Sintepp/ Divulgação FB

 

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